Prefeitura atinge meta de revitalização de centros esportivos

A gestão ficou a uma reforma de cumprir a meta revisada por Covas

Por Ana Carolina Guerra e Maria Clara Abaurre

O Programa de Metas do governo João Doria, publicado no dia 10 de julho de 2017, tinha como 11ª meta a ampliação da taxa de atividade física em 20% na cidade de São Paulo, calculada com base no VIGITEL, o sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, do Ministério da Saúde. Em seu primeiro projeto, São Paulo Cidade Ativa, consta a seguinte linha de ação: “reformar e/ou realizar melhorias em pelo menos 60% (28) dos centros esportivos (CEs), garantindo requisitos mínimos de acessibilidade”. 

Doria descreveu uma condição insatisfatória dos equipamentos e pretendia democratizar a atividade física e o lazer de qualidade. A proposta é mantida no Programa de Metas Revisado por Bruno Covas, lançado no dia 08 de abril de 2019, com algumas alterações: a meta passa a ser revitalizar 33 Clubes sob a gestão da Secretaria de Esportes e Lazer.

De acordo com dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer através da Lei de Acesso à Informação (LAI), Doria chegou a realizar 18 reformas, em 12 centros esportivos antes de deixar a prefeitura. Já após Covas assumir a gestão, foram 37 reformas, em 28 centros esportivos, dentre estes, 8 haviam sido reformados por João Doria.

Centros esportivos reformados pela gestão [Tabela: Maria Clara Abaurre / Dados: Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, LAI]

Ao todo, foram revitalizados 32 centros esportivos durante os quatro anos de gestão do PSDB, com um total de 55 reformas, isso porque alguns centros foram reformados mais de uma vez durante o período. A gestão ultrapassou a meta de 28 centros previstos no começo do mandato e se aproximou dos 33 prometidos quando Bruno Covas revisou o Programa de Metas. 

Já a meta de ampliar a taxa de atividade física, calculada através do valor básico do VIGITEL, também não foi atingida enquanto Doria era prefeito. O governo não ampliou o previsto de 10% na taxa de atividade física em São Paulo nos primeiros dois anos (que corresponderia à marca de 35% do VIGITEL). Em 2018, a taxa de atividade física foi de 31%, ou seja, a cidade apresentou um decréscimo de 4,4% em relação ao ano de 2016, quando taxa era de 32,4%. Covas não manteve a meta de ampliação da taxa de atividade física na cidade, contudo, os dados mais recentes apontam para uma taxa de 34,6% de atividade física entre adultos na cidade de São Paulo (VIGITEL 2019).

Resposta da prefeitura: 
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME), informa que cumpriu a meta de revitalizar 33 centros esportivos. Além disso, outras duas obras serão entregues até o fim de novembro, totalizando 35 clubes revitalizados.

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